quinta-feira, 6 de maio de 2010
Isadora Duncan- a dança do Anahata Chackra
Tive o prazer de no meio de minha trajetória cruzar com Francesca Todesco, bailarina da Duncan Dance, uma Cia de Danças de Nova Iorque que ainda reproduz e trabalha com as aulas baseadas no trabalho de Isadora Duncan. Um alento para os apaixonados pela bailarina e seus escritos, uma respiro para a dança e sua tradição.
Contemporânea de Stanislavski, Meyerhold, Rudolf Laban, Craig, Isadora Duncan trouxe a sensibilidade e a pesquisa para o universo da dança. Outras vestimentas, outras maneiras de sentir e exercutar a dança, outros movimentos de partida. O centro do peito leva os movimentos na barra e no espaço, o corpo suspenso, os deuses gregos, a mitologia e as imagens dos vasos gregos e egipcios serviram de inspiração para essa bailarina que revolucionou a dança, encantou salões com suas apresentações carismáticas.
"Minha dança é mais precisamente um esforço para expressar a verdade do meu ser" (ISADORA DUNCAN)
Duncan trouxe algo para a dança correspondendo com o que propusera Stanislavski na Rússia. Estar na situação proposta da sensação e então dançar.
"Para mim a dança é não apenas uma arte que permite à alma humana expressar-se em movimento, mas também a base de toda uma concepção da vida mais flexível, mais harmoniosa, mais natural. A dança não é, como se tende a acreditar, um conjunto de passos mais ou menos arbitrários que são o resultado de combinações mecânicas e que, embora possam ser úteis como exercícios técnicos, não poderiam ter a pretensão de constituirem uma arte: são meios e não um fim." (ISADORA DUNCAN)
Isadora permitiu-se apoderar pela música, sendo a primeira que ousou dançar Bach, Chopin e Beethoven. Dizia a seus alunos: "Ouça a música com a alma.E sentirão um ser interior que desperta no fundo de vocês´. É pela ação dele que as suas cabeças se erguem, que seus braços se elevam e que vocês caminham lentamente em direção à luz... Este despertar é o primeiro passo da dança tal como a concebo."
Na sua última estada, depois dos Estados Unidos, Europa, Duncan foi convidada pelo governo Soviético para montar sua escola na Rússia. O outubro vermelho estava instaurado. Sob o pretexto de Lênin: "Só o governo Russo pode compreendê-la. Venha para o nosso país. Nós faremos a sua escola."
Isadora parte para Rússia, seus sonhos, sua vida, sua dança.
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